“Kuarup: a lenda da vida e da morte” – Detalhes e propósito do autor

Equipe Editorial

Ao escrever uma obra literária, quais aspectos um escritor considera antes de iniciar o processo de escrita?

Cada autor tem seu próprio processo criativo e abordagem única. Esses elementos são importantes para desenvolver uma história que seja significativa e envolvente para seus leitores.

Em breve, será feita a escolha das obras literárias, por parte dos educadores de todo o Brasil. Assim, alguns elementos são levados em consideração, como o conteúdo e adequação pedagógica, a qualidade literária, a relevância do tema, a diversidade e representatividade da obra, os recursos visuais, entre outros aspectos.

Recentemente, tivemos aprovada no PNLD a obra Kuarup: a lenda da vida e da morte, de Hardy Guedes. Em um texto para a editora, o autor destaca alguns detalhes presentes na narrativa, como o motivo de ter escrito e a esperança em relação à sua sugestão.

Leia o que diz o autor:

“Gostaria de falar um pouco sobre essa obra e a razão pela qual a escrevi.

Considero esse tema muito importante, por várias razões, a começar pelo fato de que, provavelmente, muitos de vocês já se depararam com uma criança que, tendo perdido algum ente querido, ficou extremamente fragilizada.

Ensiná-la a lidar com essa perda é uma tarefa normalmente muito difícil.

Por esta razão, fui buscar, na mitologia indígena brasileira, uma narrativa que, em nossa opinião pessoal, é a melhor maneira de se “explicar” a uma criança por que as pessoas que amamos se vão e não voltam mais.

Isso se dá através de um diálogo entre um avô e um “curumim”, de um modo sensível e poético, adornado por belíssimas ilustrações.

Essa narrativa traz, ainda, alguns detalhes interessantes, como o nome do Deus dos Kamaiurá, Mavutsinim, cuja tradução aproximada é: “o espírito que sussurra no vento” e o lugar para onde os indígenas vão quando morrem: “a aldeia onde o sol nunca se põe”.

Valorizar a cultura autêntica do nosso país contribui para fortalecer a nossa identidade como nação, ao mesmo tempo que nos leva a vivenciar um pouco do universo mágico daqueles que foram os primeiros habitantes desse nosso Brasil.

Espero que esta sugestão seja bem acolhida por vocês.

Obs.: a título informativo, a cerimônia do Kuarup, dos índios do Xingu, é uma forte candidata a se tornar Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.”

Ferramenta preparatória para as avaliações externas aplicadas pelo Ministério da Educação.

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